domingo, 26 de outubro de 2014

Cortona

"Mamãe é dia de feira em Cortona, a Piazza é uma festa e todos estão convidados. O lugar comum urge para este centro do mundo, da até vontade de rir mas eu tenho que reconhecer que os italianos sabem se divertir mais do que nós. Estou comendo uma uva da feira e a sua doçura roxa invade minha boca, até o cheiro é púrpura!Gostaria de ficar mais tempo aqui, mas o sino do campanário me lembra da hora... Din dan dong o sino diz ao invés de ding dong... Gostaria que estivesse aqui!"

Bom dia meus caros, reconhece o texto acima? Não? Ele é do filme Sob o Sol da Toscana, que tem como cenário uma pequena cidade na Itália chamada Cortona... E adivinha quem foi lá?
Sempre fui apaixonada por esse filme, ele tem uma história linda e o melhor de tudo é que é baseado em fatos reais, realmente existe uma escritora americana que largou sua vida nos Estados Unidos e se mudou para essa cidade, reformou uma casa centenária, e escreveu um livro sobre isso. E não existia a menor possibilidade de eu não ir conhecer, então separei um belo dia de sol e fui em busca de Cortona. De Siena eu precisei pegar um ônibus para Arezzo as 6:30 da manhã, e de lá um para Cortona as 8:06 (acredite: quando um ônibus tem um horário como esse, ele não passa as 8:05 ou as 8:10, ele vai passar realmente as 8:06 e aí de você que não esteja na parada esperando). 


Cheguei e tudo nela ainda estava acordando, pelas ruas apenas os moradores caminhavam com aquela característica cara de sono pela manhã, e com isso tive a sensação de que era a única pessoa que não pertencia aquela cidade, ainda hoje acredito que aquela hora da manhã só existia eu de turista. Caminhei muito, me perdi entre ruas e jardins, fui surpreendida a cada esquina, toda ela tem poesia, e realmente o sol que banha essa cidade tem algo mágico. Como disse, dei sorte que no dia em que fui não tinha muitos "estrangeiros" então pude fazer uma das coisas que mais gosto quando viajo: observar os moradores daquele lugar, ver como é sua rotina, eles passeando com seus cachorros, as senhoras comprando verduras na feira para fazer o almoço, as pequenas rodas de senhores que se encontram pela manhã para tomar o café expresso italiano que é tão forte que a cada gole uma lágrima escorre dos seus olhos, só quem se criou aqui consegue tomar aquilo sem fazer nenhuma careta. 

Passei uma manhã inteira em Cortona, almocei uma maravilhosa lasanha em um pequeno restaurante atrás da Piazza principal da cidade, e por causa do transporte tive que ir embora logo cedo, eu realmente tinha visto tudo, ela é pequena então você consegue vê-la tranquilamente em uma manhã, mas o lugar é tão bom, tem uma energia que realmente te faz sentir bem, se eu pudesse teria ficado o dia inteiro, ou até mesmo todo o final de semana, é o tipo de local onde não existe mil e uma atrações turísticas, mas tudo é tão acolhedor que não dá vontade de ir embora. 
Quando peguei o ônibus para voltar precisava novamente fazer uma parada em Arezzo, porém eu tinha umas duas horas de folga antes do meu ônibus para Siena, e adivinha o que eu fiz? Fui na minha cafeteria preferida de Arezzo (Sugarland pertinho da estação) comer meu cupcake e cappuccino básico. 


Voltei para casa me sentindo muito feliz, foi uma viagem encantadora, tudo tinha harmonia, cada cantinho da cidade fez com que realmente eu me sentisse no filme que tanto amo, e depois de conhecer de perto Cortona entendi o porque Frances Mayes largou tudo para morar ali.

Segue o trailer do filme Sob o Sol da Toscana, só consegui ele em inglês não achei dublado no YouTube, mas pelas cenas você já se apaixona!


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Ebaa, comentário novo!! Assim que possível eu lhe respondo! Beijos e pizzas ;)